Assessoria de Imprensa, 28/09/2017
Uma parceria realizada entre o Tribunal de Contas do Município de São Paulo e o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado de São Paulo (CREA-SP) trouxe ao auditório da Escola de Contas, no último dia 12 de setembro, um workshop sobre o Livro de Ordem. O evento contou com mediação do chefe de Gabinete do conselheiro Domingos Dissei, Rubens Chammas, e com exposição dos engenheiros Marcio de Almeida Pernambuco e Ronicarlos Pereira.
Segundo o portal do CREA-SP, o Livro de Ordem é uma importante ferramenta de trabalho para os profissionais da área tecnológica e constitui a memória escrita de todas as atividades relacionadas às obras ou serviços, cujos registros ficarão a cargo do responsável técnico. Deste modo, o Tribunal de Contas da União, como afirma o engenheiro civil Marcio de Almeida Pernambuco, considera que as atividades de engenharia não podem prescindir a presença efetiva do profissional junto ao procedimento. Do contrário, "estaria se colocando em risco a segurança e a incolumidade pública".
Em casos de acidentes, Pernambuco explicou que a população deve aceitar o que o CREA pode fazer por ela. "Ele tem que apresentar o culpado. Quem é o culpado? O engenheiro que assinou aquela Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) que causou o sinistro. A função do Conselho de Engenharia é dar o nome desse engenheiro para a sociedade", afirmou o engenheiro. Segundo Pernambuco, que foi conselheiro do CREA-SP, é responsabilidade do instituto proteger e resguardar a sociedade contra riscos do mau exercício profissional ou de sua execução por leigos. Para tanto, utilizam-se dispositivos que fornecem a efetiva proteção da sociedade, como o Livro de Ordem.
O Livro de Ordem é uma espécie de caderneta de obras, um instrumento que serve para “comprovar a autoria de trabalhos; garantir o cumprimento das instruções, tanto técnicas como administrativas; dirimir dúvidas sobre a orientação técnica relativa à obra; avaliar motivos de eventuais falhas técnicas, gastos imprevistos e acidentes de trabalho; e para o fornecimento de dados utilizados em trabalhos estatísticos”, explicou o palestrante. Portanto, quanto mais utilizado, maior é a garantia de segurança numa obra.
Para facilitar o processo de registro dessas ocorrências, dada empresa desenvolveu a O'Pen, uma caneta digital inteligente que serve como meio de comunicação móvel. Na ocasião, o diretor de novos produtos e engenheiro de produção mecânica, Ronicarlos Pereira, apresentou a ferramenta.
É uma caneta que transforma o que foi escrito em números e letras. "A tecnologia é um plano cartesiano de micropontos numa folha comum em que a caneta passa e sabe onde está. Funciona como se fosse coordenada. Ela tem uma microcâmera que armazena esses dados e, depois, transforma o que foi escrito pelo técnico responsável em dígitos", elucidou Pereira.
Entre os benefícios dessa ferramenta estão a velocidade para o fornecimento de informações, o custo com digitação de documentos reduzido, a gravação automática dos arquivos eletrônicos, a alta qualidade e transparência nos dados coletados em campo e o acesso em qualquer lugar do mundo. "Enquanto o profissional está produzindo, podemos pegar as informações e depositar no banco de dados da Prefeitura ou do CREA. Isso sem depender exclusivamente de situações, mas sim de uma sistemática que garanta a rastreabilidade e a eficiência repetitiva com padrões mais próximos possíveis daquilo que é esperado (sem desvios).”
Como ressaltou Rubens Chammas, “no momento em que o país vive é muito importante ter documentos e registros de informações e eventos que acontecem nas obras para que possamos ter tranquilidade e os órgãos de controle externo possuir segurança para fazer suas auditorias".
Assista aqui o evento.
Rubens Chammas, chefe de Gabinete do conselheiro Domingos Dissei, mediou o workshop
Marcio de Almeida Pernambuco, engenheiro civil e palestrante
Ronicarlos Pereira, diretor de novos produtos da Makem Tecnologias Inovadoras, engenheiro de produção mecânica e palestrante