É importante ao contratar qualquer operação de crédito pesquisar antes entre as instituições financeiras o Custo Efetivo Total (CET) e não somente os juros
Camilo Lellis Reis
No artigo anterior, com o título de Decisões Financeiras publicado em 19.08.2015 na seção OPINIÃO do site da Escola de Contas, ressaltamos o poder perverso dos juros ao relatar que um empréstimo (capital) no valor de R$ 1.000,00 (hum mil reais) com taxa mensal de juros de 12,54% ao mês ao final de 60 meses terá atingido o montante (capital + juros) de R$ 1.197.883,68 ( um milhão, cento e noventa e sete mil, oitocentos e oitenta e três reais e sessenta e oito centavos).
Mas, o que pode ser pior que os juros? Isto seria possível?
Verifique no extrato do seu cartão de crédito, contratos de empréstimos e financiamentos, entre outros documentos financeiros, uma sigla denominada CET. Já repararam? Se não, chegou o momento de enfrentar esta dura realidade. Pior que os juros é o Custo Efetivo Total (CET).
É pior que os juros, pois este encargo representa o somatório dos juros com outros componentes, tais como: impostos, tarifas bancárias e outros encargos cobrados do cliente. É apresentado de maneira percentual e indica de maneira transparente o custo total da operação, ou seja, quanto custa efetivamente um empréstimo ou financiamento.
Se os juros já é algo que devamos tomar todo cuidado, o que falar então dos juros acrescidos de outros encargos?
Portanto, é importante ao contratar qualquer operação de crédito pesquisar antes entre as instituições financeiras o Custo Efetivo Total (CET) e não somente os juros, a fim de optar pelo menor custo total da operação.
Para finalizar, que tal começar a observar esta taxa em suas transações financeiras?
CAMILO LELLIS REIS
Contador e Mestre em Controladoria e Contabilidade Estratégica pela Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (FECAP)
Coordenador Técnico Pós-Graduação – Escola de Contas
Professor responsável em ministrar o curso de curta duração na Escola de Contas: COMO ORGANIZAR MINHAS FINANÇAS PESSOAIS.
Os artigos aqui publicados não refletem a opinião da Escola de Contas do TCMSP e são de inteira responsabilidade dos seus autores.